quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Livro marca 22 anos da abertura da vala clandestina de Perus


Nesta terça-feira (4.9), Dia Estadual em memória aos mortos e desaparecidos, completaram-se 22 anos da abertura da vala clandestina de Perus, no cemitério Dom Bosco, na Grande São Paulo. Ali estavam centenas de ossadas, embaladas em sacos plásticos e sem identificação. 

Recomendo que vocês leiam “Perus – Desaparecidos políticos: um capítulo não encerrado da história brasileira”. O livro foi lançado ontem e é resultado da parceria entre o Instituto Macuco e a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Nele vocês poderão conhecer quem foram as vítimas da repressão que puderam ser identificadas na vala de Perus até agora. 

A vala foi aberta em 1976. Em 1990, havia restos mortais de cerca de 1.500 pessoas - indigentes, vítimas de esquadrões da morte e, sobretudo, militantes políticos. No livro há também artigos esclarecedores da ex-prefeita Luiza Erundina, no comando de São Paulo quando da abertura da vala; do presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abraão; e dos integrantes da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos, Ivan Seixas, Maria Amélia de Almeida Teles e Suzana Lisboa, entre outros.

É uma fundamental, ainda mais neste momento em que a Comissão Nacional da Verdade e as demais comissões da verdade espalhadas pelo país se consolidam e aprofundam o trabalho de busca da verdade histórica. 

As expectativas, como já afirmei aqui, são altas. E anotem o que digo: a verdade virá à tona, cedo ou tarde.

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